segunda-feira, 11 de junho de 2018

Gênero Parlenda

Gênero Textual Parlenda


As atividades foram elaboradas com foco na alfabetização e letramento, para que as crianças aprendam brincando. 

Para ter acesso as atividades

Click no link e faça download 
https://www.slideshare.net/eleuzialinsdasilva/gnero-parlenda-2


Retirado do blog: http://varaldeatividades.blogspot.com/

O gato de botas – Uma história para curtir como uma família

Havia uma vez um moleiro cuja única herança para seus três filhos era seu moinho, seu burro e seu gato. Antes de morrer, o camponês dividiu seu pobre patrimônio entre seus três filhos: o ancião o tocou no moinho, o segundo o burro e o mais novo o gato.
Os irmãos mais velhos estavam satisfeitos com sua herança porque sabiam que, se trabalhassem com afinco, poderiam obter lucro, em vez disso, o irmão mais novo ficou desapontado.
– Meus irmãos podem ter uma vida tranquila e abundante, mas eu, depois de ter comido o gato e fazer sandálias com a pele, vou morrer de fome – ele pensou angustiado.
O gato, que estava ouvindo, disse a ele:
– Não se preocupe, meu bom mestre. Se você me der uma bolsa e me comprar um par de botas com as quais eu possa passar por lama e arbustos, você verá que não será tão pobre quanto imagina.
O jovem não deu muita importância às palavras do gato. No entanto, desde que ele já sabia de sua inteligência para pegar ratos, ele decidiu dar-lhe o que ele queria, embora tivesse certeza de que seria em vão. Quando o jovem lhe deu as botas e a bolsa, o gato galantemente colocou as botas, pendurou a bolsa no pescoço e saiu de casa.
 
A primeira coisa que o gato estava indo para um lugar onde havia muitos coelhos, mantido no saco de alguns cereais e vegetais, levou entre as patas dianteiras do saco de cordão e se jogou no chão fingindo de morto . Então ele esperou até que alguns coelhos viessem olhar dentro da bolsa.
Nem mesmo dez minutos se passaram quando vários coelhos entraram na bolsa. O astuto gato imediatamente jogou a corda, fechando a bolsa com os coelhos lá dentro.
Orgulhoso de sua presa, foi então ao palácio do rei e pediu para falar com sua majestade em nome do Marquês de Carabás. Imediatamente eles lhe concederam a nomeação e ele foi levado perante o rei. Quando ele apareceu diante do soberano, ele fez uma pequena reverência e disse:
– Majestade, trago-lhe alguns coelhos que meu nobre senhor envia, o Marquês de Carabás.
– Diga ao seu mestre que eu aprecio muito e que estou muito satisfeito com o presente dele – respondeu o rei.
O gato deu-lhe os coelhos, fez outra reverência e partiu. Alguns dias depois, ele visitou um belo campo aberto. Ele encheu sua sacola de grãos e a deixou aberta até que um grupo de perdizes entrou, jogou a corda e os capturou. Mais uma vez, ele apareceu diante do rei para oferecer-lhe o novo presente. O rei recebeu as perdizes com grande prazer e em troca deu-lhe algumas moedas.
Assim continuou o gato astuto trazendo presentes diferentes ao rei em nome de seu mestre, até que um dia soube que o rei daria uma caminhada ao longo da margem do rio com sua filha, a princesa mais encantadora do mundo. Ele rapidamente foi ao encontro de seu mestre e disse:
– Mestre, quero mostrar-lhe um lugar no rio onde a água é muito fria e cristalina. Venha comigo!
O “Marquês de Carabás” acompanhava seu gato, mas sem saber para onde estavam indo. Quando chegaram ao rio, o gato pediu ao dono para se despir e entrar na água. Enquanto seu mestre tomava banho no rio, o gato aproveitou e escondeu suas roupas. Com isso, viu que o rei estava passando e o gato começou a gritar:
– Ajuda! Ajuda! Meu senhor, o marquês de Carabás está se afogando!
Ao ouvir o alvoroço, o rei enfiou a cabeça para fora da janela de sua carruagem, imediatamente reconheceu o gato que lhe trouxe os presentes e ordenou a seus guardas que parassem a carruagem e imediatamente ajudassem o marquês de Carabás. Enquanto os guardas chamaram a alegada rio Marquis, o gato se aproximou do treinador e disse ao rei que, enquanto seu mestre estava se banhando veio rufiões e roubou seus belos vestidos, e embora ele pediu ajuda, ninguém estava por perto para ajudá-los.
O rei imediatamente ordenou que os oficiais levassem uma de suas melhores roupas para o Marquês de Carabás. O jovem não se surpreendeu com sua surpresa, mas confiando na astúcia de seu gato, vestiu o traje que o rei lhe oferecera e foi agradecer pessoalmente. O rei o recebeu com muita cortesia em sua carruagem. Nada mais para criar, a princesa e o marquês de Carabás se entreolharam e ficaram profundamente apaixonados. O rei, que não era estúpido, notou a atração sentida pelos dois jovens e pediu ao marquês para acompanhá-los durante a caminhada.
O gato, muito satisfeito com o seu sucesso, foi à frente da carruagem e chegou a alguns campos grandes. Ele reuniu alguns dos camponeses e disse-lhes:
– Em um momento em que passa por aqui o rei no seu carro e se não dizer que estas terras onde eles estão trabalhando pertencem ao Marquês de Carabas, algo terrível vai acontecer com eles.
Quando o rei passou, ele parou a carruagem e perguntou aos trabalhadores a quem essas terras pertenciam.
– Eles são do nosso Senhor, o Marquês de Carabás – todos eles responderam ao mesmo tempo.
– Muito boa colheita deve dar essas terras a cada ano – disse o rei ao jovem e seguiu seu caminho.
O gato hábil ficou satisfeito, mas mais uma vez ele foi à frente da carruagem. Então ele veio para os ceifeiros e disse-lhes:
– Daqui a pouco o rei passará em sua carruagem, e se não disserem que esses grãos pertencem ao Marquês de Carabas, algo terrível lhes acontecerá.
Os trabalhadores assentiram com medo e depois de algum tempo, quando o rei passou, disseram-lhe o que o gato lhes havia dito.
– Esses grãos pertencem ao nosso senhor, o Marquês de Carabás – responderam os ceifeiros.
O rei, feliz por conhecer as riquezas do marquês, felicitou-o por uma colheita tão boa. Enquanto o gato fiel continuou se aproximando e disse o mesmo para todos os trabalhadores que encontrou no caminho. O rei ficou realmente impressionado com as extensas propriedades do Marquês de Carabás, que na realidade pertencia a um grande ogro.
Depois de muita caminhada, o gato astuto chegou a um majestoso castelo, que pertencia ao ogro. O gato já havia perguntado sobre o ogro e sabia o quão terrível poderia ser, mas ainda assim ele entrou no castelo e pediu para falar com ele para pagar as devidas honras. O ogro o recebeu e o convidou a se sentar.
– Eu ouvi que você é capaz de se transformar em qualquer criatura que você pensa. Que você pode se tornar um leão ou um elefante ou qualquer outro animal.
– É verdade – o ogro respondeu. Eu vou me tornar um leão.
O gato ficou tão apavorado ao ver o leão que saltou para o teto, onde foi pego com suas unhas afiadas. Quando o ogro retornou à sua forma natural, o gato desceu e confessou que estava com muito medo.
– Eu também ouvi dizer que você pode se transformar em animais muito pequenos, como um rato. Mas eu não posso acreditar. Para um ogro tão grande quanto você, é impossível se tornar um animal tão pequeno – disse ele desafiadoramente.
– Impossível? – o ogro furioso gritou. – Você vai ver!
Imediatamente, tornou-se um pequeno rato e começou a correr no chão. Assim que o gato o viu, ele pegou e engoliu em uma mordida.
Enquanto isso, o rei estava se aproximando do castelo e grande foi sua surpresa quando viu que o destinatário era o gato.
– Que sua majestade seja bem-vinda ao castelo do meu senhor, o Marquês de Carabás.
– Sr. Marqués! Esse castelo pertence a você também? Eu não conheço um tribunal tão luxuoso.
O marquês ofereceu sua mão à princesa para ajudá-lo a sair da carruagem, e ambos seguiram o rei até o palácio.
Algum tempo depois, o rei concedeu a mão de sua filha ao Marquês de Carabás e o gato foi nomeado um dos senhores mais ilustres do reino.
Texto retirado do site : https://www.soescola.com/2018/05/o-gato-de-botas.html


sábado, 9 de junho de 2018

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Palavras de origem Tupi na Língua Portuguesa



Quando falamos de línguas indígenas, a primeira coisa que se pensa é que todos os povos falam Tupi.
Isto não está correto. O Tupi é um tronco linguístico e não uma língua. Esta confusão acontece porque muitas palavras do vocabulário brasileiro têm origem nas línguas da família Tupi-Guarani.
Além disso, existem mais de 180 línguas e dialetos indígenas no Brasil.
A
Abacaxi : fruta cheirosa, rescendente.
Arapuca: armadilha para aves.
B
Bauru: o cesto de frutas.
Biboca: moradia humilde.
C
Caju: “ano”, pois o tempo era contado por frutificações dessa planta.
aguará, aguaraçu, mamífero (lobo) dos cerrados e pampas (açu).
Canoa: embarcação a remo, esculpida no tronco de uma árvore; uma das primeiras palavras indígenas registradas pelos descobridores espanhóis.
Capenga: pessoa coxa, manca.
Catapora: o fogo interno, febre eruptiva, erupção.
Cupim: térmita, cupim.
Curumim: menino.
G
Gambá: a barriga oca.
Guará : (1) iguara, ave das águas, pássaro branco de mangues e estuários.
Guarani(1): raça indígena do interior da América do Sul tropical, habitante desde o Centro Oeste brasileiro até o norte da Argentina, pertencente à grande nação tupi-guarani; (2): grupo linguístico pertencente ao grande ramo tupi-guarani, porém mais característico dos indígenas do centro da América do Sul.
Guri: bagre jovem.
I
Ipanema: lugar fedorento
Ipiranga: rio vermelho.
J

Jacaré: sinuoso, com curvas.
Jaboti: aquele que tem muito fôlego.
L
Lengalenga: muita conversa, conversa fiada.
M
Mandioca: aipim, macaxeira, raiz que é principal alimento dos índios brasileiros.
Maracá: chocalho usado em solenidades.
N
Nhenhenhém:  falação, falar muito, tagarelice.
O
Oi: saudação tupi.
Oca: cabana ou palhoça, casa de índio (ocara, manioca).
P
Perereca: andar aos saltos.
Piá: o fruto das entranhas.
Pipoca: grão de milho que se arrebenta em flor por efeito da torra.
Pitanga: vermelho.
S
Saúva: espécie de formiga.
T
Tapera: aldeia abandonada; casa em ruínas.
Tiririca: arrastando-se, alastrando-se, erva daninha que se alastra com rapidez.
Tupi (1): povo indígena que habita(va) o Norte e o Centro do Brasil, até o rio Amazonas e até o litoral; (2): um dos principais troncos linguísticos da América do Sul, pertencente à família tupi-guarani.
X
Xará: tirado do meu nome.
Xavante: tribo indígena pertencente à família linguística jê. Ocupa extensa área, limitada pelos rios Culuene e das Mortes, Mato Grosso.
Vê-se, dos exemplos, que nós brasileiros conhecemos muitas palavras tupis, assim como internalizamos muitos hábitos e costumes desses nossos ancestrais, tais como: tomar banho todos os dias; andar um atrás dos outros; dormir em rede; andar enfeitado, pintado; usar roupa colorida; utilizar objetos feitos de barro e cipó; beber aluá; comer paçoca, farofa, pamonha, mungunzá. Enfim, há tanta herança indígena que não nos damos conta de sua extensão em nossas vidas. Mas sempre é bom lembrar o legado que tanto enriqueceu a cultura e os povos do Brasil.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Rápido e Fácil: 50 dicas

Abaixo você vai encontrar uma série de dicas a respeito de ortografia, significação de palavras, acentuação. São erros comuns entre as pessoas que se propões a escrever. Erros gramaticais e ortográficos devem, por princípio, ser evitados. Alguns, no entanto, como ocorrem com maior freqüência, merecem atenção redobrada.

1. "Mal cheiro", "mau-humorado". Mal opõe-se a bem e mau, a bom. Assim: mau cheiro (bom cheiro), mal-humorado (bem-humorado). Igualmente: mau humor, mal-intencionado, mau jeito, mal-estar.

2. "Fazem" cinco anos. Fazer, quando exprime tempo, é impessoal: Faz cinco anos. / Fazia dois séculos. / Fez 15 dias.

3. "Houveram" muitos acidentes. Haver, como existir, também é invariável: Houve muitos acidentes. / Havia muitas pessoas. / Deve haver muitos casos iguais.

4. "Existe" muitas esperanças. Existir, bastar, faltar, restar e sobrar admitem normalmente o plural: Existem muitas esperanças. / Bastariam dois dias. / Faltavam poucas peças. / Restaram alguns objetos. / Sobravam idéias.

5. Para "mim" fazer. Mim não faz, porque não pode ser sujeito. Assim: Para eu fazer, para eu dizer, para eu trazer.

6. Entre "eu" e você. Depois de preposição, usa-se mim ou ti: Entre mim e você. / Entre eles e ti.

7. "Há" dez anos "atrás". Há e atrás indicam passado na frase. Use apenas há dez anos ou dez anos atrás.

8. "Entrar dentro". O certo: entrar em. Veja outras redundâncias: Sair fora ou para fora, elo de ligação, monopólio exclusivo, já não há mais, ganhar grátis, viúva do falecido.

9. "Venda à prazo". Não existe crase antes de palavra masculina, a menos que esteja subentendida a palavra moda: Salto à (moda de) Luís XV. Nos demais casos: A salvo, a bordo, a pé, a esmo, a cavalo, a caráter.

10. "Porque" você foi? Sempre que estiver clara ou implícita a palavra razão, use por que separado: Por que (razão) você foi? / Não sei por que (razão) ele faltou. / Explique por que razão você se atrasou. Porque é usado nas respostas: Ele se atrasou porque o trânsito estava congestionado.

11. Vai assistir "o" jogo hoje. Assistir como presenciar exige a: Vai assistir ao jogo, à missa, à sessão. Outros verbos com a: A medida não agradou (desagradou) à população. / Eles obedeceram (desobedeceram) aos avisos. / Aspirava ao cargo de diretor. / Pagou ao amigo. / Respondeu à carta. / Sucedeu ao pai. / Visava aos estudantes.

12. Preferia ir "do que" ficar. Prefere-se sempre uma coisa a outra: Preferia ir a ficar. É preferível segue a mesma norma: É preferível lutar a morrer sem glória.

13. O resultado do jogo, não o abateu. Não se separa com vírgula o sujeito do predicado. Assim: O resultado do jogo não o abateu. Outro erro: O prefeito prometeu, novas denúncias. Não existe o sinal entre o predicado e o complemento: O prefeito prometeu novas denúncias.

14. Não há regra sem "excessão". O certo é exceção. Veja outras grafias erradas e, entre parênteses, a forma correta: "paralizar" (paralisar), "beneficiente" (beneficente), "xuxu" (chuchu), "previlégio" (privilégio), "vultuoso" (vultoso), "cincoenta" (cinqüenta), "zuar" (zoar), "frustado" (frustrado), "calcáreo" (calcário), "advinhar" (adivinhar), "benvindo" (bem-vindo), "ascenção" (ascensão), "pixar" (pichar), "impecilho" (empecilho), "envólucro" (invólucro).

15. Quebrou "o" óculos. Concordância no plural: os óculos, meus óculos. Da mesma forma: Meus parabéns, meus pêsames, seus ciúmes, nossas férias, felizes núpcias.

16. Comprei "ele" para você. Eu, tu, ele, nós, vós e eles não podem ser objeto direto. Assim: Comprei-o para você. Também: Deixe-os sair, mandou-nos entrar, viu-a, mandou-me.

17. Nunca "lhe" vi. Lhe substitui a ele, a eles, a você e a vocês e por isso não pode ser usado com objeto direto: Nunca o vi. / Não o convidei. / A mulher o deixou. / Ela o ama.

18. "Aluga-se" casas. O verbo concorda com o sujeito: Alugam-se casas. / Fazem-se consertos. / É assim que se evitam acidentes. / Compram-se terrenos. / Procuram-se empregados.

19. "Tratam-se" de. O verbo seguido de preposição não varia nesses casos: Trata-se dos melhores profissionais. / Precisa-se de empregados. / Apela-se para todos. / Conta-se com os amigos.

20. Chegou "em" São Paulo. Verbos de movimento exigem a, e não em: Chegou a São Paulo. / Vai amanhã ao cinema. / Levou os filhos ao circo.

21. Atraso implicará "em" punição. Implicar é direto no sentido de acarretar, pressupor: Atraso implicará punição. / Promoção implica responsabilidade.

22. Vive "às custas" do pai. O certo: Vive à custa do pai. Use também em via de, e não "em vias de": Espécie em via de extinção. / Trabalho em via de conclusão.

23. Todos somos "cidadões". O plural de cidadão é cidadãos. Veja outros: caracteres (de caráter), juniores, seniores, escrivães, tabeliães, gângsteres.

24. O ingresso é "gratuíto". A pronúncia correta é gratúito, assim como circúito, intúito e fortúito (o acento não existe e só indica a letra tônica). Da mesma forma: flúido, condôr, recórde, aváro, ibéro, pólipo.

25. A última "seção" de cinema. Seção significa divisão, repartição, e sessão equivale a tempo de uma reunião, função: Seção Eleitoral, Seção de Esportes, seção de brinquedos; sessão de cinema, sessão de pancadas, sessão do Congresso.

26. Vendeu "uma" grama de ouro. Grama, peso, é palavra masculina: um grama de ouro, vitamina C de dois gramas. Femininas, por exemplo, são a agravante, a atenuante, a alface, a cal, etc.

27. "Porisso". Duas palavras, por isso, como de repente e a partir de.

28. Não viu "qualquer" risco. É nenhum, e não "qualquer", que se emprega depois de negativas: Não viu nenhum risco. / Ninguém lhe fez nenhum reparo. / Nunca promoveu nenhuma confusão.

29. A feira "inicia" amanhã. Alguma coisa se inicia, se inaugura: A feira inicia-se (inaugura-se) amanhã.

30. Soube que os homens "feriram-se". O que atrai o pronome: Soube que os homens se feriram. / A festa que se realizou... O mesmo ocorre com as negativas, as conjunções subordinativas e os advérbios: Não lhe diga nada. / Nenhum dos presentes se pronunciou. / Quando se falava no assunto... / Como as pessoas lhe haviam dito... / Aqui se faz, aqui se paga. / Depois o procuro.

31. O peixe tem muito "espinho". Peixe tem espinha. Veja outras confusões desse tipo: O "fuzil" (fusível) queimou. / Casa "germinada" (geminada), "ciclo" (círculo) vicioso, "cabeçário" (cabeçalho).

32. Não sabiam "aonde" ele estava. O certo: Não sabiam onde ele estava. Aonde se usa com verbos de movimento, apenas: Não sei aonde ele quer chegar. / Aonde vamos?

33. "Obrigado", disse a moça. Obrigado concorda com a pessoa: "Obrigada", disse a moça. / Obrigado pela atenção. / Muito obrigados por tudo.

34. O governo "interviu". Intervir conjuga-se como vir. Assim: O governo interveio. Da mesma forma: intervinha, intervim, interviemos, intervieram. Outros verbos derivados: entretinha, mantivesse, reteve, pressupusesse, predisse, conviesse, perfizera, entrevimos, condisser, etc.

35. Ela era "meia" louca. Meio, advérbio, não varia: meio louca, meio esperta, meio amiga.

36. "Fica" você comigo. Fica é imperativo do pronome tu. Para a 3.ª pessoa, o certo é fique: Fique você comigo. / Venha pra Caixa você também. / Chegue aqui.

37. A questão não tem nada "haver" com você. A questão, na verdade, não tem nada a ver ou nada que ver. Da mesma forma: Tem tudo a ver com você.

38. A corrida custa 5 "real". A moeda tem plural, e regular: A corrida custa 5 reais.

39. Vou "emprestar" dele. Emprestar é ceder, e não tomar por empréstimo: Vou pegar o livro emprestado. Ou: Vou emprestar o livro (ceder) ao meu irmão. Repare nesta concordância: Pediu emprestadas duas malas.

40. Foi "taxado" de ladrão. Tachar é que significa acusar de: Foi tachado de ladrão. / Foi tachado de leviano.

41. Ele foi um dos que "chegou" antes. Um dos que faz a concordância no plural: Ele foi um dos que chegaram antes (dos que chegaram antes, ele foi um). / Era um dos que sempre vibravam com a vitória.

42. "Cerca de 18" pessoas o saudaram. Cerca de indica arredondamento e não pode aparecer com números exatos: Cerca de 20 pessoas o saudaram.

43. Ministro nega que "é" negligente. Negar que introduz subjuntivo, assim como embora e talvez: Ministro nega que seja negligente. / O jogador negou que tivesse cometido a falta. / Ele talvez o convide para a festa. / Embora tente negar, vai deixar a empresa.

44. Tinha "chego" atrasado. "Chego" não existe. O certo: Tinha chegado atrasado.

45. Tons "pastéis" predominam. Nome de cor, quando expresso por substantivo, não varia: Tons pastel, blusas rosa, gravatas cinza, camisas creme. No caso de adjetivo, o plural é o normal: Ternos azuis, canetas pretas, fitas amarelas.

46. Lute pelo "meio-ambiente". Meio ambiente não tem hífen, nem hora extra, ponto de vista, mala direta, pronta entrega, etc. O sinal aparece, porém, em mão-de-obra, matéria-prima, infra-estrutura, primeira-dama, vale-refeição, meio-de-campo, etc.

47. Queria namorar "com" o colega. O com não existe: Queria namorar o colega.

48. O processo deu entrada "junto ao" STF. Processo dá entrada no STF. Igualmente: O jogador foi contratado do (e não "junto ao") Guarani. / Cresceu muito o prestígio do jornal entre os (e não "junto aos") leitores. / Era grande a sua dívida com o (e não "junto ao") banco. / A reclamação foi apresentada ao (e não "junto ao") Procon.

49. As pessoas "esperavam-o". Quando o verbo termina em m, ão ou õe, os pronomes o, a, os e as tomam a forma no, na, nos e nas: As pessoas esperavam-no. / Dão-nos, convidam-na, põe-nos, impõem-nos.

50. Vocês "fariam-lhe" um favor? Não se usa pronome átono (me, te, se, lhe, nos, vos, lhes) depois de futuro do presente, futuro do pretérito (antigo condicional) ou particípio. Assim: Vocês lhe fariam (ou far-lhe- iam) um favor? / Ele se imporá pelos conhecimentos (e nunca "imporá- se"). / Os amigos nos darão (e não "darão-nos") um presente. / Tendo- me formado (e nunca tendo "formado-me").
 
Fonte: http://www.analisedetextos.com.br/p/100-dicas.html