Que ninguém pergunte ao vento
   como morre um homem.
 De ofendido morre um homem
 quando do peito perde a palavra
 e mais não há por ele o que lutar
 e mais não há por nós o que gritar.
 Somos esta longa morte
 que não cessa de nos assassinar.
 Quando cala, morre um homem,
 giboso entre o vinho do rei e o bobo,
 premonição cega de sonhos indigentes.
 Morre um homem quando perde o nome
 e tomba sobre ele o silêncio duma paixão
 a salgar o cadáver de seu último desejo
 Morre um homem quando morre o revide
 feito despojo para a gula das aves de rapina.

um belo poema
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