QUESTÃO 01
Galo-de-Campina
O galo-de-campina, conhecido na Amazônia por tangará, pertence à família
do cardeal. Suas penas são escuras, mas a cabeça e o pescoço são
vermelhos. Alimenta-se de sementes, frutinhas e insetos. Vive em bandos
nas caatingas do Nordeste e no Brasil Central, do mesmo jeito que outro
pássaro, o currupião. Os dois são considerados as mais belas aves da
região.
O galo-de-campina não canta quando está engaiolado. Só canta em liberdade, numa certa época do ano, e de manhã bem cedinho.
Em Alagoas, onde ele tem fama de cantor, é treinado e vendido a preços muito elevados.
Fonte: Ler e escrever: Livro de textos do aluno/Secretaria da Educação, São Paulo: FDE, 2008.
De acordo com o texto, o galo-de-campina tem fama de cantor
(A) no Brasil Central.
(B) na Amazônia.
(C) no Nordeste.
(D) em Alagoas.
QUESTÃO 02
Desequilíbrio Ecológico
Os coelhos não existiam na Austrália. Então alguns fazendeiros
resolveram importar os bichinhos para criar.
Alguns desses coelhos fugiram e se esconderam nos campos. Esses
animais se reproduzem com grande velocidade. Em pouco tempo
transformaram-se numa verdadeira praga, pois não havia entre os animais da
região nenhum que caçasse coelhos.
Fonte: ROCHA, Ruth. Almanaque Ruth Rocha.São Paulo: Ática, 2005.
No trecho “Então alguns fazendeiros resolveram importar os bichinhos para
criar”, a palavra destacada tem o sentido de
(A) comprar.
(B) vender.
(C) trocar.
(D) trazer.
QUESTÃO 03
A expressão em destaque que indica o lugar para onde os coelhos se dirigiam,
quando foram importados pelos fazendeiros é
(A) “(...) os coelhos não existiam na Austrália”
(B) “(...) fugiram e se esconderam nos campos...”
(C) “(...) se reproduzem com grande velocidade...”
(D) “(...) transformaram-se numa verdadeira praga...”
QUESTÃO 04
SAPATO
É MUITO CHATO,
mas é um fato:
em pata de pato
não cabe sapato.
Não há sapato
pra pata de gato
ou pata de rato.
E eu constato
que nem no mato
se encontra sapato
pra carrapato!
Fonte: CIÇA. Trava-Trela. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.
A palavra que retrata o tema da poesia é
(A) carrapato.
(B) sapato.
(C) gato.
(D) pato.
Fonte: www.lageado.com.b
QUESTÃO 05
[...]
O Reformador da Natureza
1 Américo Pisca-Pisca tinha o hábito de botar defeito em todas as coisas.
2 — Tolices, Américo?
3 — Pois então?!... Aqui neste pomar, você tem a prova disso. Lá está aquela
4 jabuticabeira enorme sustentando frutas pequeninas e mais adiante vejo uma
5 colossal abóbora presa ao caule duma planta rasteira. Não era lógico que
6 fosse justamente o contrário? Se as coisas tivessem que ser reorganizadas
7 por mim, eu trocaria as bolas – punha as jabuticabas na aboboreira e as
8 abóboras na jabuticabeira. Não acha que tenho razão?
9 E assim discorrendo, Américo provou que tudo estava errado e só ele
10 era capaz de dispor com inteligência o mundo.
11 — Mas o melhor – concluiu – não é pensar nisso, é tirar uma soneca à sombra
12 destas árvores, não acha?
13 E Américo Pisca-Pisca, pisca-piscando que não acabava mais, estirou-
14 se de papo para cima à sombra da jabuticabeira.
15 Dormiu. Dormiu e sonhou. Sonhou com o mundo novo, inteirinho,
16 reformado pelas suas mãos. Uma beleza!
17 De repente, porém, no melhor do sonho, plaf! uma jabuticaba cai do
18 galho bem em cima do seu nariz.
19 Américo despertou de um pulo. Piscou, piscou. Meditou sobre o caso e
20 afinal reconheceu que o mundo não era tão mal feito como ele dizia.
21 E lá se foi para casa, refletindo:
22 — Que espiga!... Pois não é que se o mundo tivesse sido reformado por mim a
23 primeira vítima teria sido eu mesmo? Eu, Américo Pisca-Pisca, morto pela
24 abóbora por mim posta em lugar da jabuticaba? Hum!... Deixemo-nos de
25 reformas. Fique tudo como está que está tudo muito bem.
26 E Pisca-Pisca lá continuou a piscar pela vida a fora, mas desde então
27 perdeu a cisma de corrigir a Natureza.
[...]
LOBATO, Monteiro. A reforma da natureza. São Paulo: Brasiliense, 2002
No
trecho “— Mas o melhor – concluiu – não é pensar nisso, é tirar uma
soneca à sombra destas árvores, não acha?” (linhas 11 e 12), a palavra
sublinhada se refere
(A) ao hábito de Américo de pôr defeito nas coisas.
(B) à queda da jabuticaba no nariz do Américo.
(C) às mudanças sugeridas por Américo.
(D) ao sonho que Américo teve.
QUESTÃO 06
Podemos identificar um exemplo do conflito gerador da narrativa no trecho
(A) “... eu trocaria as bolas – punha as jabuticabas na aboboreira e as abóboras
na jabuticabeira.” (linhas 8 e 9)
(B) "– Mas o melhor – concluiu – não é pensar nisso, é tirar uma soneca à
sombra destas árvores, não acha?” (linhas 12 e 13)
(C) “Dormiu. Dormiu e sonhou. Sonhou com o mundo novo, inteirinho,
reformado pelas suas mãos. Uma beleza!” (linhas 16 e 17)
(D) “Meditou sobre o caso e afinal reconheceu que o mundo não era tão mal
feito como ele dizia”. (linhas 20 e 21)
QUESTÃO 07
O LEÃO E O RATINHO
Esopo
Um leão, cansado de tanto caçar, dormia espichado à sombra de uma
boa árvore. Vieram uns ratinhos passear em cima dele e ele acordou.
Todos conseguiram fugir, menos um, que o leão prendeu embaixo da pata.
Tanto o ratinho pediu e implorou que o leão desistiu de esmagá-lo e deixou que
fosse embora.
Algum tempo depois, o leão ficou preso na rede de uns caçadores. Não
conseguia se soltar, e fazia a floresta inteira tremer com seus urros de raiva.
Nisso, apareceu o ratinho. Com seus dentes afiados, roeu as cordas e
soltou o leão.
Uma boa ação ganha outra.
Fonte: Ler e escrever: Livro de textos do aluno/Secretaria da Educação, FDE. São Paulo: FDE, 2008
O leão conseguiu se soltar da rede dos caçadores porque
(A) prendeu o ratinho com a pata.
(B) desistiu de esmagar o ratinho.
(C) deixou o ratinho ir embora.
(D) o ratinho roeu as cordas.
QUESTÃO 08
A fábula O leão e o ratinho quer
(A) ensinar o leitor, com diferentes situações.
(B) descrever as relações dos animais na floresta.
(C) revelar grandes segredos ao leitor.
(D) contar sobre a fuga do leão.
QUESTÃO 09
A expressão que apresenta uma qualidade, revelando a opinião do narrador na
fábula O leão e o ratinho é
(A) “fazia a floresta inteira tremer”.
(B) “todos conseguiram fugir”.
(C) “cansado de tanto caçar”.
(D)”dormia espichado”.
QUESTÃO 10
QUESTÃO DE ORDEM
“Ri melhor quem ri primeiro”,
disse a Alice o Chapeleiro.
“Por último”, contradisse
imediatamente Alice.
“Só se de trás para diante”,
berrou ele, triunfante.
E você, leitor ordeiro,
será o último ou o primeiro?
Fonte: PAES, José Paulo. Ri melhor quem ri primeiro. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1998.
Quem fala no verso 5 “Só se de trás para diante” é
(A) o Chapeleiro.
(B) o narrador.
(C) a Alice.
(D) o leitor.
Avaliação feita pela prefeitura do Rio de Janeiro em 2010.