segunda-feira, 28 de maio de 2012

Ela é O CARA!

Quando me dirijo a uma garota, posso tratá-la também por caras

Pode. Cara, equivalente de indivíduo, sujeito, é nome sobrecomum, ou seja, pode ser dirigido tanto a homem quanto a mulher.

Ex.: Ela é o máximo, é o cara!

Fonte: Sacconi.

Palavras sem classe gramatical

Há palavras que não se enquadram em nenhuma classe gramatical. Muitas vezes são confundidas com os advérbios, mas não modificam verbo, adjetivo ou outro advérbio. Recebem o nome de palavras denotativas e podem indicar:

1. Designação - eis.

Eis aqui os recibos dos impostos já pagos.

2. Realce - é que, ainda, lá, só, apenas, mas.

O telejornal é que divulgou a descoberta.
Veja o que vai dizer a ele!

3. Situação - então, afinal, mas, agora.

Então o plano não deu certo, desta vezs
Afinal, quem lhe parece o provável candidatos

4. Inclusão - também, até, mesmo, inclusive.

Ninguém compareceu à aula de reforço, nem mesmo os que mais precisavam.
Até minha avó, de mais de 90 anos, resolveu fazer um passeio.


5. Exclusão - menos, exceto, salvo, fora, apenas, só, senão, sequer.

Apenas numa loja do shopping, encontrei o CD.
Nem sequer informou a data do casamento.

6. Retificação - aliás, ou melhor, isto é, ou seja, melhor dizendo.

Nada sabemos sobre eles, ou melhor, sabemos apenas que viviam sob o mesmo teto.


Fonte: Leila Lauar Sarmento.

Numerais: algarismo romano

Na leitura dos algarismos romanos que vêm após substantivos que indicam séculos, nomes de papas ou reis e partes de uma obra, empregam-se numerais ordinais até o décimo e, depois, numerais cardinais:

Na Idade Média, no século IX (século nono), predominou o Cristianismo na Europa.
Henrique VIII (Henrique oitavo), rei da Inglaterra, foi casado com Ana Bolena.
No capítulo II (capítulo segundo), estudamos fonema e letra.
O volume XII (volume doze) desta coleção traz biografias de pintores.


ATENÇÃO: Se o algarismo vier antes do substantivo, é lido sempre como numeral ordinal:

O V episódio (quinto episódio) do romance é surpreendente.
O XI capítulo (décimo primeiro capítulo) pareceu-me mais longo.

Fonte: Leila Lauar Sarmento.

Sentidos das PREPOSIÇÕES

1. Lugar ou origem:

O aparelho é de Londres.
A família residia em Santos.

2. Direção:

Vou a São Paulo, amanhã.

3. Modo:

O remédio era tomado a pequenos goles.

4. Posse:

Reformara a casa de Fernando.

5. Tempo:

Os pescadores partiram de noite.

6. Distância:

São poucos quilômetros daqui a sua casa.

7. Instrumento:

O professor apagou o quadro com o apagador.

8. Causa:

Por ser competente, foi a escolhida.

9. Companhia:

Os pequenos andavam pelo shopping com os pais.

10. Finalidade:

Compraram o material para a reforma da escola.

Fonte: Leila Lauar Sarmento.

Trabalho:Tortura?


Nem sempre a ideia de trabalho esteve ligada a algo que dignificasse o homem. Na sua origem, a palavra trabalho estava relacionada à ideia de tortura, de sofrimento.

O substantivo trabalho provém da palavra latina tripalium, que, por sua vez, tem origem em tri (três) + palus (pau). O tripalium era um instrumento formado por três paus fincados no chão no qual os romanos torturavam os escravos. O verbo trabalhar provém do verbo latino tripaliare, que significava torturar com o tripalium.

A ideia de trabalho como algo que causa dor e sofrimento está presente em nossa língua em expressões como "está trabalhando feito um condenado", "isso dá muito trabalho" e "deu uma trabalheira danada".
Fonte: Ernani Terra.

domingo, 13 de maio de 2012

O Grau Diminutivo de Alguns Substantivos

O grau refere-se a uma das flexões inerentes aos substantivos, e que se torna alvo de questionamentos em razão de apresentarem algumas particularidades, como é o caso da forma analítica, a qual permite mais de uma colocação.

Questionamentos estes que vão sendo suprimidos à medida que ampliamos nossos conhecimentos em relação aos fatos concebidos pela língua. A leitura e a escrita são fatores preponderantes rumo ao alcance desse objetivo, pois a partir do momento em que estabelecemos uma familiaridade maior com os mesmos, tornamo-nos aptos a colocá-los em prática de forma correta.

No intento de reforçarmos um pouco mais os nossos conhecimentos sobre o grau diminutivo de alguns substantivos, apresenta-se a seguir uma relação contendo os mesmos:

Substantivo Grau diminutivo
animal animalejo, animalzinho,animálculo
árvore arbúsculo, arbusto, arvoreta
asa álula, aselha
caixa caixeta, caixote, caixola
cão cãozinho, canicho, cãozito
chapéu chapeleta, chapelinho
chuva chuvisco, chuvisqueiro
corpo corpúsculo
dente dentículo
face faceta
fazenda fazendola
filho filhinho, filhote
 fita  fitilho,
flor   florinha, florículo, florzinha, flóculo
 fogo  fogacho
 folha  folíolo
 gota  gotícula
 homem  homenzinho, hominho, homúnculo
 língua  lingueta
 livro  livreto, livrete
 lugar  lugarejo
 mala  malote, maleta
 nó  nódulo
 ovo  óvulo
 palácio  palacete
 papel  papelico, papelete, papelucho, papelinho
 pele  película
 poema  poemeto
 rua  ruela
 rio  riacho, ribeiro, regato
 verso  versículo
Por Vânia Maria do Nascimento Duarte

Vícios de linguagem

Os vícios de linguagem se classificam em:

- Barbarismo: desvio da norma quanto à:

- grafia: proesa em vez de proeza;
- pronúncia: incrustrar em vez de incrustar;
- morfologia: cidadões em vez de cidadãos;
- semântica: Ele comprimentou o tio (em vez de cumprimentou).
- todas as formas de estrangeirismo são consideradas, por diversos autores, barbarismo.
  Ex: weekend em vez de fim de semana.

- Arcaísmo: emprego de palavras ou estruturas antigas que deixaram de ser usadas.
Ex: Vossa Mercê em vez de você.

- Neologismo: emprego de novas palavras que não foram incorporadas pelo idioma.
Ex: Que pode uma criatura senão,
     entre criaturas, amar?
     amar e esquecer,
     amar e malamar,
     amar, desamar, amar?
     sempre, e até de olhos vidrados, amar?

- Solecismo: erros de sintaxe contra as normas de concordância, de regência ou de colocação.

- concordância: Sobrou muitas vagas (em vez de sobraram).
- regência: Hoje assistiremos o filme (em vez de ao filme).
- colocação: Me empresta o carro? (em vez de empresta-me)

- Ambigüidade: ocorre quando uma frase causa duplo sentido de interpretação.
Ex: O ladrão matou o policial dentro de sua casa. (na casa do ladrão ou do policial?).

- Cacófato: refere-se ao mau som que resulta na união de duas ou mais palavras no interior da frase.
Ex: Nunca gasta com o que não é necessário.

- Eco: ocorrência de terminações iguais.
Ex: Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão.

- Pleonasmo: redundância desnecessária de informação.
Ex: Está na hora de entrarmos pra dentro.

Por Marina Cabral

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Observações sobre o uso da letra X

1) O X pode representar os seguintes fonemas:
    /ch/ - xarope, vexame
    /cs/ - axila, nexo
    /z/ - exame, exílio
    /ss/ - máximo, próximo
    /s/ - texto, extenso
2) Não soa nos grupos internos -xce- e -xci-
    Exemplos: excelente, excitar

Emprego das letras E e I
Na língua falada, a distinção entre as vogais átonas /e/ e /i / pode não ser nítida. Observe:
Emprega-se o E:
1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -oar, -uar
    Exemplos:
    magoar - magoe, magoes
    continuar- continue, continues
2) Em palavras formadas com o prefixo ante- (antes, anterior)
    Exemplos: antebraço, antecipar
3) Nos seguintes vocábulos:
    cadeado, confete, disenteria, empecilho, irrequieto, mexerico, orquídea, etc.

Emprega-se o I :
1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -air, -oer, -uir
    Exemplos:
    cair- cai
    doer- dói
    influir- influi
2) Em palavras formadas com o prefixo anti- (contra)
    Exemplos:
    Anticristo, antitetânico
3) Nos seguintes vocábulos:
    aborígine, artimanha, chefiar, digladiar, penicilina, privilégio, etc. 
    www.soportugues.com.br