segunda-feira, 19 de setembro de 2011

POR VENTURA ou PORVENTURA?


Depende do sentido. Se significar “por sorte”, é “por ventura”, separado: “Por ventura minha, cheguei antes de a tempestade começar”.

Se significar “por acaso”, é “porventura”, numa só palavra: “Porventura, você viu meus óculos?"

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Malcriação ou má-criação?



Não existe a palavra "malcriação".

O que existe é "má-criação".

Nas formações com "mal" e "mau/má", precisamos considerar o termo que vem depois dessas palavras.

Se for um verbo/particípio, usaremos o advérbio "mal".

Teremos assim um nome composto de acordo com o padrão da língua, pois advérbios modificam verbos: mal-educado, maltratado, malcriado.

Se o segundo elemento for um substantivo, usaremos o adjetivo "mau/má".
 
Formaremos desse modo um composto conforme a regra, pois adjetivos modificam substantivos: má-educação, maus-tratos, má-criação.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

A verdadeira história

CINDERELA

           Esse é um dos contos de fadas mais antigos já registrados, e com a maior quantidade de variações também (+ou-700). Algumas versões envolvendo um peixe gigante no lugar da fada madrinha datam de 850AD! Em outras histórias a fada madrinha é na verdade uma árvore que nasce sobre o túmulo da mãe da Cinderela.
Uma das modificações mais brutais ocorre no momento em que as irmãs malvadas tentam calçar os sapatos de cristal para enganar o príncipe, numa versão bem bizarra da história, uma delas CORTA fora seus dedos do pé para vestir o sapatinho e assim enganar o príncipe. Mas ela é desmascarada pelos pássaros amigos da Cinderela, que mostram ao príncipe o sangue escorrendo pelos sapatinhos, e depois, como vingança, arrancam os olhos das duas irmãs que terminam suas vidas cegas e mancas.
Há ainda uma outra versão (na verdade, ela é tão diferente que alguns nem a consideram como uma versão e sim um tipo de CINDERELLA ORIGINS) onde a cinderela era filha de um rei viúvo (algumas vezes a própria Cinderela foi quem matou a mãe) que jurou nunca mais se casar, a não ser que encontre uma mulher tão bela quanto a falecida esposa, que tivesse os cabelos cor de ouro, e que conseguisse calçar os mesmos sapatos da finada (fetiche por pés sacou!?). Acaba que sua filha (cinderela) preenche todos os requisitos, como 2 e 2 são 4, nada mais lógico que ele se casar com a própria filha.
Ela, por sua vez, na tentativa de fugir do casamento com seu próprio pai velho, barrigudo e incestuoso, foge pelo mar num armário de madeira (eu também achei estranho mais fazer o que, os caras eram criativos oras), no final ela consegue fugir, mas acaba do outro lado do mundo trabalhando como escrava na casa das irmãs malvadas, e daí pra frente começa a historia que vocês conhecem.

A história verdadeira

BRANCA DE NEVE

            




              Na história original da Branca de Neve, a "madrasta malvada" (que em algumas versões não é madrasta e sim sua mãe original) não cai de um penhasco como é mostrado no final do filme da Disney. Ela na verdade é forçada a vestir sapatos de ferro em brasa e dançar até cair morta. Outra bizarrice nessa história é a idade da branca de neve. Na versão dos Irmãos Grimm ela tem apenas sete anos, ou seja, príncipes pedófilos eram normais naquela época. E ao invés de dar um "beijo de amor", o principie carrega o CORPO MORTO (ou adormecido, se vocês quiserem) da branca de neve para seu palácio, para que assim ela estivesse sempre com ele (isso pode ser considerado um tipo de necrofilia?). Depois de algum tempo, um de seus servos, cansado de ter que carregar um caixão de um lado pro outro, resolve descontar suas frustrações dando uma baita SURRA na branca de neve. Um dos golpes desferidos no estômago faz com que ela vomite a maçã envenenada e assim volte à vida.
Mas de todas as mudanças feitas através dos anos, a mais sangrenta foi em relação ao coração da Branca de Neve. Nas histórias mais antigas a rainha não pedia ao caçador para trazer só ele. Ela queria também outros órgãos principais como pulmão, fígado etc... fora isso ela também queria um jarro com seu sangue (acho que o caçador precisou mais que um cervo pra resolver isso). Vocês devem estar perguntando: "pra que tudo isso?". Simples, ela queria JANTAR a branca de neve! Bizarro não!?

Encontrei no blog " e tome história" Mto bom!

historia verdadeira - chapeuzinho vermelho

        

       A história atual todos nós conhecemos: chapeuzinho vermelho, lobo mau, vovozinha e lenhador... Não preciso explicar certo!? Mas, na história original o lenhador não existe, na verdade a chapeuzinho e sua vovó são devoradas e pronto, parou por ai, nada de final feliz aqui.
Em outra versão ainda mais antiga, a chapeuzinho faz um strip-tease pro lobo (que as vezes era representado por um lobisomem ou um ogro) para assim poder fugir enquanto ele esta "distraído". Existe ainda uma versão mais bizarra ainda da história, onde o lobo estripa a vovó e obriga a chapeuzinho a jantá-la com ele. A chapeuzinho, que não é besta, diz que precisa ir ao banheiro (que naquela época ficava do lado de fora das casas) e fugia. Percebam que, em todas as versões que citei, o lobo sempre se dá bem no final, de uma forma ou de outra.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Português: Brasil e Portugal



Existem muitas diferenças entre o nosso português e o falado em Portugal, mas o que quero frisar esta no campo semântico do vocabulário. É que damos outros sentidos as palavras.

Vejam uma listagem que encontrei no portal: Só Português
Português do Brasil
Português de Portugal
abridor tira-cápsulas
açougue talho
aeromoça hospedeira de bordo
apostila sebenta
banheiro casa de banho
cafezinho bica
caixa, caixinha boceta
calcinha cueca
carteira de identidade bilhete de identidade
carteira de motorista carta de condução
celular telemóvel
conversível descapotável
fila bicha
geladeira frigorífico
grampeador agrafador
injeção pica
meias peúgas
ônibus autocarro
pedestre peão
ponto de ônibus paragem
professor particular explicador
sanduíche sandes
suco sumo
trem comboio
xícara chávena

Perceberam? É divertido analisar os usos que eles fazem. Então, se um dia visitares Portugal, não se assuste ao ouvir: Aqui está a bicha. Eles querem dizer que você deve pegar a fila.

domingo, 28 de agosto de 2011

Assessório ou Acessório?




Significando “complemento”, “adorno”, escreve-se “acessório”, com "c" na segunda sílaba: "Muita gente considera o chapéu um acessório ultrapassado".

“Assessório”, com "-ss" na segunda sílaba, é adjetivo referente a assessor ou assessoria, sinônimo de "assessorial", e é palavra de RARO USO: "Ele não quer ser assessor de imprensa porque as obrigações assessórias são muitas".

Debaixo ou De baixo?

 

Grafa-se “de baixo”, separado, nos seguintes casos:

a) quando “baixo” é adjetivo ou faz parte de uma locução adjetiva: “Disse várias palavras de baixo calão”; “Estava sem a roupa de baixo”;

b) em correlações com “cima” ou “alto”: “Olhou a moça de baixo a cima”; “Observou o quadro de baixo a alto”; “A cortina rasgou-se de baixo a cima”;

c) ou quando pode ser substituído por “de cima”: “Saiu de baixo (de cima) da árvore”.

Nos demais casos, escreve-se “debaixo”, junto: “O menino está debaixo da mesa”; “Vivem debaixo do mesmo teto”; “Debaixo de um sol forte, centenas de pessoas disputaram um espaço na fila”; “Sport joga com o regulamento debaixo do braço”.

Como reforço, perceba que em “de baixo” está presente, normalmente, a ideia de “lugar de onde” (Saiu de baixo da mesa = saiu de onde) enquanto em “debaixo” a ideia é de “lugar onde” (O menino está debaixo da mesa = o menino está onde).

Observe também que “debaixo”, na maioria das vezes, é seguido da preposição “de” (“O menino está debaixo da mesa”; “Vivem debaixo do mesmo teto”; “Timbu com o regulamento debaixo do braço”) e que o mesmo não ocorre com “de baixo” (“Disse várias palavras de baixo calão”; “Olhou a moça de baixo a cima”; “Sai de baixo, que lá vem pedra!”).