Professor e Professora, este lugar é seu! Atividades de Língua Portuguesa para o fundamental.
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
Verbo HAVER, algumas dúvidas.
Em todas as provas de vestibular ou de concursos, sempre há uma questão, ou mais, sobre o uso do verbo HAVER.
Pessoal que fica em dúvida com o verbo HAVER, sempre que forem usá-lo, tentem trocar pela palavra "existir", se der é porque ele é impessoal, isto é, não tem sujeito e só varia em tempo, JAMAIS poderá variar em número, isto é, JAMAIS poderá ir para o plural.
EXEMPLO: Há DEZ pessoas reclamando = EXISTEM DEZ pessoas reclamando.
Há UMA pessoa reclamando = EXISTE UMA pessoa reclamando.
Havia DEZ pessoas reclamando = EXISTIAM DEZ pessoas reclamando.
Havia UMA pessoa reclamando = EXISTIA UMA pessoa reclamando.
Independente do número de pessoas, o verbo haver tem o sentido de EXISTIR, portanto não pode ir para o plural.
Isso serve também para quando o verbo HAVER indicar tempo passado, pois também não existirá SUJEITO.
Exemplo. Há dez anos não vinha aqui.
Há um ano não vinha aqui.
Sempre que dou essa aula , algum aluno pergunta:
- Mas então quando é que ele pode ser conjugado normalmente?
- Quando ele é um verbo auxiliar e há um sujeito.
Exemplo. Eu hei de conseguir ser aprovado.
Nós haveremos de ser aprovados este ano.
Na verdade, na linguagem coloquial , poucos usamos o verbo haver com sujeito.
Pessoal que fica em dúvida com o verbo HAVER, sempre que forem usá-lo, tentem trocar pela palavra "existir", se der é porque ele é impessoal, isto é, não tem sujeito e só varia em tempo, JAMAIS poderá variar em número, isto é, JAMAIS poderá ir para o plural.
EXEMPLO: Há DEZ pessoas reclamando = EXISTEM DEZ pessoas reclamando.
Há UMA pessoa reclamando = EXISTE UMA pessoa reclamando.
Havia DEZ pessoas reclamando = EXISTIAM DEZ pessoas reclamando.
Havia UMA pessoa reclamando = EXISTIA UMA pessoa reclamando.
Independente do número de pessoas, o verbo haver tem o sentido de EXISTIR, portanto não pode ir para o plural.
Isso serve também para quando o verbo HAVER indicar tempo passado, pois também não existirá SUJEITO.
Exemplo. Há dez anos não vinha aqui.
Há um ano não vinha aqui.
Sempre que dou essa aula , algum aluno pergunta:
- Mas então quando é que ele pode ser conjugado normalmente?
- Quando ele é um verbo auxiliar e há um sujeito.
Exemplo. Eu hei de conseguir ser aprovado.
Nós haveremos de ser aprovados este ano.
Na verdade, na linguagem coloquial , poucos usamos o verbo haver com sujeito.
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
O Linguajar Peculiar do baiano
Sua cultura de raiz resiste a essas imposições bravamente, talvez pela própria velocidade do seu povo, do jeito gostoso de vadiar, da sua riqueza ímpar, tão característico do baiano. Ela foi formada a partir dos nativos, africanos e portugueses. E durante séculos se manteve sem outras influências, consolidando de forma tenaz esta mistura que deu origem a sua riqueza. A própria televisão, veículo de grande influência, só chegou à Bahia na década de 60 e com programação local. Só na década de 70 é que passou a retransmitir programação de outros estados.
Algumas características que ajudam a manter a coesão da cultura baiana:
1) O linguajar cotidiano típico do seu povo, praticado por todas as classes sociais:
“Painho”, “mainha”, “vixe Maria”, “oxente”, “porreta”, “ó pai ó”, “meu irmão”.
São diálogos que mantém uma grande proximidade e cumplicidade:
• “Êta! Ôce tá retado mesmo”: É uma expressão muito usada para dizer que você está com a bola toda. Ou pode ser usado para indicar que alguém está aborrecido.
• “E aí, mer mão! Você é meu peixe, minha corrente”: E aí, meu camarada! Você é meu amigo, te considero muito!
• “Rapaz, você fala mais que a nêga do leite”: Você é um tagarela, não consegue parar de falar.
• “É nenhuma”: Tudo ok!
• “Tá vendo? Fica aí dando mole”: Você está perdendo oportunidades, está “vacilando”.
Baiano não fala “Não sei”, diz “Sei lá!”. Chama de “Rapaz” e “Velho” qualquer pessoa, seja homem ou mulher. No lugar de “vamos embora”, falamos “vumbora” ou “'bora”e também pode ser dito em forma repetitiva-poética como “borimbora” que quer dizer “vumbora embora”. Bora Bahêa porra.
O linguajar é tão típico que foi criado um Dicionário de Baianês e sobre ele falam:
Antonio Houaiss. “Para o início ou composição de um dicionário da língua brasileira, este livrinho é um primeiro documentário precioso que muito contribuirá para o registro da palavra de uso baiano”.
Márcia Gomes - Jornal do Brasil “A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros,vinha da boca do povo na língua errada do povo, língua certa do povo, porque ele é que fala gostoso o português do Brasil”.
2) Os seus bairros, ruas, praias têm nomes indígenas, africanos que mantêm acesso no dia a dia a sua miscigenação e riqueza cultural.
Itapuã, Piatã, Arembepe, Aquidabã, Amaralina, Itapagipe, Pituaçú, Pituba, Tororó, Itaparica, Jauá, Itapagipe, Itaigara.
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